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Como superar medos?

Atualizado: 21 de jan. de 2022

Quem disser que nunca sentiu medo ao ponto de fazer perder grandes oportunidades na vida, das duas uma, ou não tem consciência disso, ou está a mentir com todos os dentes que tem na boca (se ainda os tem, porque o medo também serve para os manter).

Quem nunca se apaixonou sem ter coragem de se declarar por medo da rejeição? (Possível oportunidade perdida). Quem nunca deixou de perseguir a carreira futebolística com medo de ficar para aquecer o banco? (Possível oportunidade perdida). Quem nunca viajou para onde queria, com medo que o dinheiro fizesse falta para outra coisa qualquer? (Pois é, adivinhaste. Possível oportunidade perdida).


Todas nós em algum momento da vida somos testadas pelo poder do medo e só de nós depende se este nos priva ou não de atingirmos os nossos objectivos. Por esse motivo escrevo este texto, para te ajudar a ganhar mais vezes na arte de competir com o que mais receias, até conseguires aproveitar as oportunidades que te surgem.



Apesar de ter vindo sempre a dar exemplos positivos de como superei determinadas dificuldades, é importante dizer que houve situações em que eu não as superei, obviamente. O que sei, ninguém me contou e por isso, para aprender, também tive que falhar algumas vezes. Talvez ainda venha a ser oportuno escrever sobre uma dessas, mas vamos a mais uma boa experiência que exemplifica bem o que o medo nos pode levar a fazer, ou a não fazer e como o podemos ultrapassar.


Em 2018 pensei em escrever um livro com um tema LGBT. Sabia o que queria retratar mas fora isso, não fazia ideia de como o fazer.

Tal como descrevi no post "Como iniciar um novo projecto", sempre que queremos abraçar um novo desafio é importante decidir, começar, persistir e ultrapassar o medo dos resultados para conseguir "chegar a bom porto". Demorei algum tempo a tomar a decisão definitiva que me fez escrever as primeiras páginas, demorei mais algum a manter uma rotina continuada de escrita consistente e criativa e por fim dei por mim com bastante dificuldade na estrutura da história, o que me fez estagnar. Aqui começaram a surgir todas as questões que me assombravam e que me fizeram questionar se valeria a pena continuar este projecto.


Será que eu acho que sou capaz, mas isto é mais difícil do que eu pensava?

Será que eu não sou competente o suficiente?

Será que as pessoas vão achar interessante?

Será que vai ter alguma qualidade?

Mas porque é que eu quero fazer isto afinal?


1ª Etapa para ultrapassar medos - Identificá-los


A primeira coisa a fazer, é identificar os medos por trás de todas estas questões que estava a colocar a mim própria. De que tinha medo, afinal?

Bom, inicialmente estava com medo de falhar. E o que era falhar para mim? Não terminar o projecto a que me propus e portanto, tinha de arranjar uma maneira de o terminar.

Mas então que outros medos me estavam a bloquear verdadeiramente? Tinha medo que as pessoas não gostassem? Não. Eu tinha medo da crítica, da humilhação, do julgamento, da identificação com a minha própria vida, que, apesar de ser também uma base de inspiração, não é de todo retratada pela obra e portanto nada diz de mim a não ser da forma como escrevo ou como respeito determinados assuntos.


2ª Etapa para ultrapassar medos - Focar-me no medo de ficar onde estou.


Essencialmente esta etapa requer que pensemos na vida que temos no momento que decidimos iniciar algo novo. Porque decidi fazer isto?

Porque preciso de me sentir realizada.

Porque preciso de mais dinheiro.

Porque preciso de me sentir a aprender.

Alguma insatisfação no momento, me fez projectar um novo desafio para o futuro. Que insatisfação é essa? É nela que me vou concentrar.

Eu decidi escrever este livro, porque escrevo há muitos anos como hobbie, porque já tinha escrito e publicado um outro livro embora de poesia e porque estava longe de estar satisfeita com o que já tinha produzido e portanto queria evoluir.

Qual é o medo em que preciso focar-me? O de estagnar na escrita e nunca me sentir satisfeita com o que produzi, através desta arte que tanto gosto.


3ª Etapa para ultrapassar medos - Escolher um dos medos.


Esta é fácil. Agora que identifiquei o medo que tenho ao realizar o projecto e o medo que tenho ao não realizar o projecto, qual dos dois vou escolher?

O medo da crítica e do julgamento, ou o medo de estagnar na evolução da minha escrita?

O meu medo de não honrar a minha existência é maior que qualquer outro. Por isso, aqui fiz a minha escolha. A crítica leva à evolução, já a estagnação não leva à crítica e nem a lado nenhum.


4ª Etapa para ultrapassar medos - Preparar-me para o pior que possa acontecer.


Para terminar e uma vez que já decidi arriscar e sujeitar-me ao medo que também eu escolhi, tenho que traçar um plano para lidar com a pior das hipóteses. Qual é a pior das hipóteses? Ser criticada negativamente e julgada injustamente. Então vou nutrir-me de tudo o que possa para me proteger deste resultado. Neste caso, tive que me perguntar quão importante era para mim a opinião das outras pessoas, para quem estava a escrever este livro e para que fim. Estas são as minhas prioridades e nenhuma crítica que me possa ser unicamente destrutiva vai poder pesar nas minhas decisões. Em 2019 publiquei o "Da Quase Tua", físico e digital do qual muito me orgulho. Agora sei que consigo, então não ficarei por aqui, foram só os meus primeiros 20 metros.


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E tu? Qual é o pior que pode acontecer na tua escolha? Prepara-te para ela e avança.




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Algés, Lisboa, Portugal

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